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Mato Grosso do Sul

ALEMS: Feminicídio de jornalista impulsiona debate sobre aprimoramento de protocolos para mulheres

Feminicídio de jornalista faz debate sobre aprimoramento de protocolos para mulheres, ganhar força na ALEMS

morte brutal da jornalista Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio pelo ex-noivo Caio Nascimento, mobilizou autoridades de Mato Grosso do Sul a revisarem e reforçarem os protocolos de atendimento às mulheres em situação de violência através de debate na ALEMS. Representantes dos Três Poderes reuniram-se na manhã (18), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), para discutir medidas efetivas que possam prevenir novos casos como esse.

O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), destacou que o parlamento estadual está comprometido em viabilizar as mudanças necessárias. “Essa foi uma reunião com as instituições para tratar do sistema e dos processos como um todo. Claro que em apenas uma reunião não vamos conseguir resolver todo um contexto de problemas, questões culturais, de consciência, de educação e de segurança de uma sociedade, mas saímos com a necessidade de criação de protocolos e melhorias para daqui para frente”, afirmou.

Os números da violência contra a mulher são alarmantes. Somente em 2024, foram registrados 20 mil boletins de ocorrência relacionados à violência doméstica. Em 2025, já são 1.300 casos e 5 mil medidas protetivas emitidas no último ano. Contudo, como resposta, novas iniciativas estão sendo estruturadas, como a criação do Batalhão Maria da Penha e a mudança no protocolo de atendimento, em que a vítima não decidirá sozinha sobre o acompanhamento policial. “A polícia vai te levar em casa. O foco no nosso trabalho é ouvir a sociedade. Estabelecer um plano de trabalho com responsabilidade, com a construção de todos os deputados e o esforço de todas as instituições, para que possamos melhorar a cada dia”, reforçou Gerson Claro.

ALEMS: Feminicídio de jornalista impulsiona debate sobre aprimoramento de protocolos para mulheres, veja mais detalhes a seguir

A reunião foi convocada pela Comissão Permanente de Segurança Pública e Defesa Social, presidida pelo deputado Coronel David (PL). Que já esteve à frente da Polícia Militar do Estado. Segundo ele, a ideia inicial era uma audiência pública, mas optou-se por um encontro fechado para que os representantes do Judiciário, Ministério Público e órgãos de segurança pudessem discutir propostas concretas. “É triste, mas mesmo com todo esse sofrimento, que a Vanessa possa ser símbolo da mudança de conduta e a Assembleia vai trabalhar junto aos demais órgãos para que tenhamos uma rede de proteção mais eficiente e evite esses casos que, certamente, causam constrangimento e sofrimento à sociedade”, afirmou o parlamentar.

A Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à Violência Doméstica e Familiar também estará diretamente envolvida na construção dessas mudanças. Portanto, o deputado Paulo Duarte (PSB) destacou a importância de um enfrentamento mais profundo das causas sociais da violência de gênero. “A começar pelos políticos, que não dão bons exemplos. Outra coisa é a briga ideológica. Ficamos sabendo que há escolas que recusam palestras sobre empoderamento feminino e combate ao machismo alegando que isso é coisa de comunista. Isso tem que mudar”, declarou.

Já o deputado Pedro Kemp (PT) ressaltou a necessidade de reforço na estrutura do Judiciário para atender os casos de violência contra a mulher

“Um deles é o anúncio da criação da Vara da Mulher, pois uma juíza disse que tem 7 mil processos em sua mão, o que é humanamente impossível somente uma pessoa dar conta disso. Pedimos mais concurso para policiais femininas, com cotas, para chamar delegadas. Isso foi discutido também. Lembrando que não é só na Capital, mas no interior. Esse fato lamentável serviu para mobilizar todos os Poderes para garantir mais proteção às mulheres”, afirmou Kemp. O parlamentar também é autor de um projeto que propõe um aplicativo para consulta pública de antecedentes criminais por violência contra a mulher.

A sessão ordinária foi suspensa para que os encaminhamentos definidos na reunião pudessem ter continuidade. O caso também repercutiu nacionalmente. Em entrevista ao programa Roda Viva na noite anterior (17), o governador Eduardo Riedel reconheceu falhas no sistema. “O Estado falhou. Falhamos enquanto instituição Governo e enquanto sociedade”, declarou.

Por fim, a polícia prendeu Caio Nascimento em flagrante. Contudo, ele possuía histórico de violência doméstica, com pelo menos 11 registros, incluindo agressões contra sua própria mãe e irmã. O caso reforça a necessidade de mudanças estruturais e uma resposta mais rápida das instituições para coibir a violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul.

Fonte: ALEMS

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